terça-feira, 17 de setembro de 2013





Professores utilizam tecnologia 



para agregar valor ao ensino

 

Uma discussão antiga entre alunos e professores pode, finalmente, estar chegando ao fim. Docentes e discentes começam a utilizar, juntos, aparelhos eletrônicos em sala de aula como uma forma de agregar valor ao ensino. Para um grupo de estudantes do 2º ano do Ensino Médio de Maceió, ao contrário do que costumava pensar a "antiga geração", celulares, tablets e redes sociais são aliados na hora de trocar conteúdo e buscar mais informações sobre os assuntos repassados em classe.
Alunos utilizam cada vez mais celular na escola.  (Foto: Roberta Cólen/G1)Aparelhos eletrônicos ajudam na hora de
pesquisar. (Foto: Roberta Cólen/G1)
A reportagem do G1 conversou com os alunos e também com a professora de Português e Redação, Márcia Malafaia, para discutir o assunto e descobrir até que ponto os inúmeros aparelhos eletrônicos disponíveis no mercado são bem-vindos na hora de estudar.
Para este grupo de quatro alunos que vão concorrer ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a internet possibilita ferramentas de buscas e sites considerados indispensáveis para realizar um trabalho bem feito.
Sophia Nascimento e Sofia Brayber, as duas de 16 anos, não abrem mão do celular. “Minha mãe já me perguntou se não tirava minha atenção. Muito pelo contrário, às vezes tenho dúvida e mando mensagem para meus amigos. Quando preciso fazer uma pesquisa, procuro na internet, que oferece uma gama de opções. No Youtube a gente encontra videoaulas on-line”, diz.
A preocupação dos pais e educadores se dá tanto pelo conteúdo, quanto pela ortografia, já que em programas de bate-papo as abreviações e adaptações são comuns. Mas, para a professora de redação, a tecnologia traz outra linguagem que foi se adaptando com o passar do tempo.
“As pessoas têm receio do novo. Mas hoje podemos ver que a linguagem como ferramenta é funcional. Ou seja, ela é moldada por seu objetivo. Na internet, se escreve rápido porque o momento exige, o que é diferente no caso da prova de redação”, conta a professora Márcia.
Professora Márcia Malafia e seus alunos concordam que a internet auxilia na hora de estudar. (Foto: Roberta Cólen/G1)Professora Márcia Malafia e seus alunos
concordam que a internet auxilia na hora
de estudar. (Foto: Roberta Cólen/G1)
Matheus Borges, 16, e Maria Júlia, 16, confessam que têm preferências. “Quando a gente vai escrever um texto, prefere utilizar o computador. É mais fácil escrever no teclado porque vai mais rápido. Além do quê, quando vamos estudar ou fazer algum trabalho, temos a possibilidade de usar um conteúdo mais interativo”, dizem. 
A bibliotecária Jaqueline Silva Verçosa conta que, mesmo com a tecnologia fazendo parte do dia a dia das crianças e adolescentes, o movimento na biblioteca continua agitado. Para que os estudantes não se desvinculem dos livros, Jaqueline integra um projeto, na escola em que leciona, para incentivar alunos da 5ª série a ler mais.
“O uso dos livros é importante para que eles continuem lendo e aperfeiçoando a escrita. Uma prova de que eles gostam é que sempre tem alunos querendo participar, mas é preciso ter disciplina”. 
“O estudante hoje é muito visual, é multimídia. Ele não consegue mais aproveitar as aulas tradicionais, com a matéria exposta apenas em lousas. As escolas que não têm esse tipo de equipamento precisam se adequar porque hoje todo mundo tem smartphone ou tablet", reforça.
"Os professores que não sugam os recursos de tecnologia acabam ficando para trás. É interessante mostrar como é o Museu do Louvre como se estívessemos em Paris, por exemplo. Os alunos ficam muito mais atentos e capturam mais o conteúdo das aulas”, explica o Professor Márcio Lopes.

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