quarta-feira, 23 de outubro de 2013

15 passos para adotar tecnologias em sala de aula

Para um professor que só foi se relacionar com a internet apenas depois de adulto, as tecnologias digitais, tão familiares para crianças e adolescentes, podem até parecer um universo hostil. Mas, de acordo com Luciana Allan, diretora do Instituto Crescer para a Cidadania e especialista em tecnologias aplicadas à educação, não há o que temer.
Luciana afirma que com a adoção das tecnologias digitais dentro e fora das salas de aula, o processo de ensino e aprendizagem vem se tornando, rapidamente, um grande desafio para uma geração de professores que estudou e aprendeu a ensinar em uma era pré-digital.
Confira os 15 passos enumerados por Luciana, para que os professores adotem tecnologias digitais como ferramentas pedagógicas na sala de aula:
1. Acredite que as tecnologias digitais podem colaborar para promover novas práticas pedagógicas;
2. Entenda como estes recursos podem ser incorporados à rotina escolar;
3. Conheça algumas possibilidades que fazem sentido dentro da sua área de trabalho e se aproprie de algumas ferramentas tecnológicas;
4. Planeje novas estratégias de ensino que tenham o aluno no centro do processo de aprendizado e o professor como mediador da construção do conhecimento;
5. Pense em um ensino mais personalizado e uma avaliação que leve em consideração as necessidades de cada aluno, visto que o conhecimento está disponível e o foco da educação não é mais a transmissão de conteúdo, mas sim o desenvolvimento de competências e habilidades;
6. Incentive os alunos a pesquisar na internet. Oriente-os a pesquisar fazendo uso de palavras-chave e símbolos. Além disso, indique bibliografias e sites úteis para que desenvolvam com qualidade o trabalho;
7. Permita que os alunos comparem informações e discutam sobre os temas pesquisados, sinalizando a confiabilidade da informação;.
8. Estimule os alunos a produzir seus próprios textos, em diferentes formatos, a partir das pesquisas realizadas na internet e em outras mídias, bem como a mencionar autores e fontes pesquisadas;
9. Motive os alunos a participar de projetos colaborativos, inclusive com estudantes de outras escolas no Brasil e no exterior;
10. Crie ou estimule seus alunos a criarem um espaço virtual exclusivo para produção de trabalhos colaborativos (uma página no Facebook, um perfil no Twitter, um blog, um disco virtual);
11.  Incentive os alunos a compartilhar seus trabalhos na internet para que qualquer pessoa possa ter acesso, contribuir e fazer críticas;
12.  Valorize o uso de diferentes recursos tecnológicos para produção de trabalhos escolares, como vídeos, fotos, podcasts, blogs, slides, gráficos, banco de dados, ou seja toda e qualquer ferramenta que possa ser utilizada no dia a dia escolar ou futuramente no mercado de trabalho;
13.  Permita diferentes formas de manifestação e expressão no desenvolvimento dos trabalhos, dando espaço à criatividade e pró-atividade;
14.  Engaje os alunos em tarefas desafiadoras, que façam sentido para suas vidas, que proporcionem o trabalho em equipe e administração do tempo;
15.  Propicie a produção de games, estimulando o raciocínio lógico, com o uso de softwares de programação.
FontePorvir

sábado, 19 de outubro de 2013

Facebook em Educação

Enquanto o uso de email tem caído entre os alunos, a comunicação por redes sociais tem aumentado. Nesse sentido, como plataforma para comunicação, o Facebook já ocupa um espaço importante na educação.
Pesquisas concluiram que perfis de professores no Facebook ricos em informações pessoais geraram motivação prévia dos alunos, aprendizado afetivo e maior credibilidade para o professor. Outra pesquisa concluiu que os alunos têm mais vontade de se comunicar com seus professores se eles já os conhecem no Facebook. Para os autores das pesquisas, haveria evidências suficientes de que as relações entre alunos e professores construídas no Facebook podem gerar um canal de comunicação mais aberto, resultando em ambientes de aprendizagem mais ricos e maior envolvimento dos alunos.
Eu tenho brincado há bastante tempo com o Facebook como ambiente virtual de aprendizagem. No semestre passado, por exemplo, em uma disciplina na Universidade Anhembi Morumbi, usei-o paralelamente ao Blackboard, nosso LMS oficial. Hoje lancei uma pergunta para os meus alunos no grupo privado que criamos no Face:
Qual plataforma você acha que foi mais útil para o seu aprendizado na disciplina Informática Aplicada?
Resultado parcial: 10 x 2 – adivinhe para quem?
Neste semestre pretendo fazer uma experiência ainda mais radical. O Facebook tem se tornado uma ferramenta cada vez mais fantástica, muito mais leve, flexível e prática que os AVAs tradicionais.
Mas não somos apenas eu e meus alunos que achamos isso.
 Chu e Meulemans, em The problems and potential of MySpace and Facebook usage in academic libraries (2008), concluem que os alunos preferem se comunicar pelo Facebook do que por LMSs. Salaway, Caruso e Kark, por sua vez, concluem que o uso do Facebook é maior do que o dos LMSs (isso também em 2008!).
 Schroeder e Greenbowe, em The Chemistry of Facebook: Using Social Networking to Create an Online Community for the Organic Chemistry Laboratory(2009), tiram conclusões ainda mais marcantes: o Facebook foi um método mais efetivo e eficiente para discussão dos temas da aula, em comparação ao fórum de discussão do WebCT; o número de posts dos alunos foi quase 400% superior no Facebook do que no WebCT; a qualidade dos posts também foi superior; e as discussões continuaram durante todo o semestre. Sem colher (ainda) estatísticas precisas, tenho percebido o mesmo em minhas experiências com o Facebook e outros LMSs.
De lá para cá, foram surgindo muitas outras publicações sobre o uso do Face em educação. O recente Back to the “wall”: How to use Facebook in the college classroom (12/2011), por exemplo, cobre as referências anteriores e várias outras. Lego e Towner notam que parece haver relutância, tanto por parte de professores quanto de alunos, em usar o Facebook para objetivos educacionais, embora exista uma porcentagem significativa de alunos usando ou querendo usá-lo em suas experiências educacionais. Como o artigo foi escrito há quase 1 ano, as coisas podem ter mudado de lá para cá. Mas os autores concluem:
Em nosso ponto de vista, softwares de redes sociais, como o Facebook, oferecem oportunidades únicas para a educação: facilitando a comunicação, facilitating communication, promovendo uma comunidade de aprendizagem e promovendo competências do século XXI.
Vejamos então alguns dos recursos do Facebook que podem ser usados em educação.
Só com um perfil e os recursos básicos, já dá para fazer muita coisa. O mural do Facebook no mural foi sendo aperfeiçoado, influenciado pelos microblogs, e hoje oferece um stream de textos, notas, imagens, vídeos, avaliações, comentários, eventos etc. dos seus amigos. Mostra também as atualizações de páginas que você curte e dos grupos a que você pertence. O mural pode servir, portanto, de espaço de comunicação e de discussão, e alunos e professores podem ser marcados, para incentivar sua participação. Mensagens internas (síncronas ou assíncronas) servem também como um importante canal de comunicação, e eventos podem ser utilizados para lembrar de prazos, encontros, palestras etc.
Mas há outros recursos. Grupos são espaços online em que as pessoas podem interagir e compartilhar recursos e comentários. É uma maneira de alunos e professores trabalharem em projetos colaborativos. É possível criar grupos abertos, privados e fechados, o que ajuda a preservar a privacidade de seus membros e dos temas discutidos. Quando um membro posta algo no grupo, como um link para um artigo, uma questão ou uma atividade, outros membros receberão uma mensagem do Facebook com a atualização. 
Páginas permitem também interações entre membros do Facebook. Uma página é pública, ou seja, qualquer um pode curti-la, passando a receber atualizações de seu conteúdo em seu feed de notícias. Páginas são, portanto, uma maneira simples de professores e alunos compartilharem links, artigos, vídeos ou feeds de RSS. Nas páginas no Facebook, é possível também utilizar notas e comentários, além de vários outros recursos, como fóruns de discussão. Você pode, por exemplo, criar uma página para sua disciplina e seus alunos podem curtir páginas que outros criaram. Entretanto, ao contrário de grupos, as páginas não podem ser fechadas ou secretas, ou seja, tudo o que for postado em uma página torna-se automaticamente público.
Algumas páginas com conteúdo educacional interessantes de acompanhar: Discovery Channel Global EducationEncyclopaedia BritannicaNASA e National Geographic Education.
Além desses recursos básicos, há vários outros aplicativos que podem ser utilizados em perfis, no mural, em grupos e em páginas no Facebook.
SlideShare, por exemplo, permite que você faça upload e compartilhe apresentações.
Perguntas é um recurso muito interessante, que possibilita a rápida elaboração de questões e pesquisas, como a que fiz sobre o Facebook e o Blackboard.
Outro recurso muito interessante é o Docs, que permite a criação colaborativa de documentos de texto. Entretanto, o documento tem que ser criado, editado e salvo no Facebook, ou seja, não são permitidos (no momento) nem upload nem download. Na verdade, esse é um dos pontos negativos do Facebook, a impossibilidade de upload e compartilhamento de documentos, como pdfs, documentos de texto e planilhas. No máximo é possível criar links para esses arquivos, fora do Facebook, já que os aplicativos existentes para compartilhamento de arquivos no Facebook, hoje, são ainda inadequados.
Proyecto Facebook foi realizado na Universidad de Buenos Aires em 2009. Piscitelli, Adaime e Binder apresentam uma descrição de sua metodologia, seu funcionamento e alguns resultados, com inúmeras reflexões e sugestões não apenas do uso do Facebook em educação, mas de redes sociais em geral. O projeto procurou construir um ambiente colaborativo e aberto em educação. Na Introdução, Piscitelli e Adaime afirmam:
O Projeto Facebook demonstrou que o que importa não é tanto os conteúdos, nem os meios ou suportes, mas uma reengenharia dramática do espaço áulico, no verdadeiro sentido da palavra.
Eles afirmam ainda que o Facebook se transformou, durante o projeto, em um alfabetizador 2.0. No texto que avalia o processo, há vários artigos interessantes, dentre os quais merece destaque Compreender las Redes Sociales como Ambientes Mediaticos.
No ano passado o Facebook lançou uma série de recursos e orientações para educadores, com a página Facebook for Educators. Lá, é possível baixar por exemplo o guia Facebook for Educators.
Publicado em  por João Mattar

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Tecnologia na Educação


Como a tecnologia está presente na sua sala de aula? 

Você sabe utilizar o computador, a internet, blogs, celulares, tablets, podcasts, projetores, câmeras e outros recursos para ensinar ainda melhor os conteúdos curriculares de cada disciplina?

 Navegue nos 108 links publicados na matéria da revista NOVA escola e dê um upgrade nas suas aulas. Há material para todos os segmentos:

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