Educação Especial:


Aluno com deficiência intelectual se masturba durante a aula. Como agir?


No início da minha carreira como educadora sexual, fui convidada por uma escola a fazer um trabalho com alunos que tinham deficiência intelectual. Foi uma experiência muito rica para mim. Tão rica que virou livro, mas isso é uma outra história que vou contar em breve…
Tudo começou porque a escola em questão tinha um aluno, por volta de 18 anos, que costumava se masturbar no banheiro da escola. Só que, além disso, ele também foi surpreendido no pátio e, outra vez, na sala de aula.
Isso, sem dúvida, constrangia a todos e tirava a concentração de alunos e professores das atividades propostas.
E aí, o que fazer?
A diretora, sem saber como lidar com esta tensão que se criou na escola, chamou os pais do garoto, contou o que estava acontecendo e pediu que a família tomasse uma providência. A sugestão dada: levar o rapaz a uma casa de prostituição!
A diretora acreditava que o fato dele se masturbar era devido à necessidade de fazer sexo.
E o pior foi que a família aceitou a sugestão! O irmão mais velho levou o rapaz a uma casa noturna, escolheu uma garota e ela o levou para o quarto. Passado alguns minutos, a garota sai apavorada chamando alguém para socorrê-lo pois ele havia desmaiado!!!
O que deu errado?
Uma pessoa com deficiência intelectual tem uma resposta orgânica idêntica a das demais pessoas. Porém, sua maturidade pessoal e suas capacidades emocional, cognitiva e adaptativa podem ser muito distintas daquelas que seriam próprias à sua idade cronológica.
No caso desse garoto, se havia alguma imagem feminina que ele usava para se excitar, esta fazia parte de sua  imaginação, sua fantasia. Daí a saber lidar com uma mulher de verdade, de carne e osso… É um passo que nem todas as pessoas que têm deficiência intelectual são capazes de dar. Tudo depende das características de sua condição e das circunstâncias de vida.
Em uma pessoa que tem deficiência intelectual, o desenvolvimento psicossexual, em geral, não acompanha o desenvolvimento físico. Ele pode ter 18 anos de idade, mas o seu interesse sexual ainda pode estar direcionado, apenas, para a sensação prazerosa que as crianças, em geral, descobrem ao tocar os genitais. Se essa fase é alcançada quando o garoto já atingiu a puberdade, isso tende a se tornar um fator complicador na adaptação da pessoa com deficiência à sua condição corporal, pois é completamente diferente lidar com as curiosidades em relação ao corpo numa fase em que os caracteres sexuais secundários já estão formados e os hormônios agindo a todo o vapor. Na infância, a excitação se dispersa bem rápido. Já na adolescência, ela envolve a liberação de hormônios, o que requer um tempo maior para a dispersão ou uma atuação mais direta, como a masturbação.
O erro nesse caso foi lidar com o comportamento sexual dele como se fosse  o de uma pessoa adulta sem comprometimentos intelectuais. Esse garoto não estava precisando fazer sexo com uma outra pessoa, ele estava precisando aprender a lidar com o estímulo sexual  no ambiente escolar para conseguir respeitar as normas de convivência social.
Algumas sugestões de encaminhamento que a escola poderia fazer:
• Conversar individualmente com o garoto para descobrir se ele sabe o que está acontecendo com o seu corpo e  que a masturbação não é uma atividade permitida na escola – a interpretação do que está acontecendo com ele é fundamental para uma abordagem adequada;
• Ensinar de forma clara e sem subterfúgios  as mudanças na puberdade e o que o estímulo sexual pode promover no corpo dele – A pessoa com deficiência intelectual, por suas próprias limitações, já possui dificuldades para entender as modificações que acontecem no seu corpo. A desinformação tende a piorar o quadro. Ele, mais do que os demais, precisa de alguém que o “ajude a decifrar” o que está ocorrendo com ele.
• Deixar claro, numa linguagem que ele seja capaz de entender, as normas da escola em relação ao comportamento sexual. É importante para a adequação social desse rapaz que ele tenha e compreenda os limites. Se esses limites não forem colocados claramente, a pessoa com deficiência, por si só, não vai descobrir que está sendo inconveniente.
• Buscar identificar, junto com ele e a família, se há algum tipo de estímulo que está sendo provocado de forma tão recorrente, e ajudar a neutralizar este fato. Por exemplo, a dificuldade nas atividades escolares ou a discriminação dos colegas pode impedir de buscar prazer em outras atividades e fazê-lo centrar esta gratificação no sexo,  no caso a masturbação.
• Preparar o corpo docente e outros funcionários da escola para lidar com a sexualidade, principalmente nas pessoas com deficiência intelectual, em que a linguagem precisa fazer sentido para ele e o vocabulário empregado ser do seu conhecimento.
É muito importante que eles possam ter um espaço com quem compartilhar suas dúvidas sexuais e, também, que a escola valorize suas habilidades pessoais, como tocar um instrumento musical, participar de um esporte, desempenhar alguma atividade artística.
A inclusão escolar pressupõe acolher todas as pessoas na escola. Isso foi uma grande conquista! Mas, não basta estar na lei, é preciso ter profissionais habilitados tanto para lidar com os alunos com necessidades especiais: tanto para ensinar os conteúdos letivos como para lidar com suas limitações. Devemos entender que mesmo sendo diferentes, essas pessoas possuem os mesmos direitos que qualquer pessoa, inclusive na sua função sexual e reprodutiva.

Fonte: Revista Nova Escola




Acesse o link: http://peei.mec.gov.br/index.php


Fonte: Página do Facebook "Libras em foco".
Recursos para a educação inclusiva


A criança chega à escola sem falar ou mexer braços e pernas. É possível ensiná-la a ler, por exemplo? Sim, e na sala regular. Para quem tem deficiência, existe a tecnologia assistiva, composta de recursos que auxiliam na comunicação, no aprendizado e nas tarefas diárias.

As chamadas altas tecnologias são, por exemplo, livros falados, softwares ou teclados e mouses diferenciados. "Existem recursos para comandar o computador por meio de movimentos da cabeça, o que ajuda quem tem lesão medular e não move as mãos", afirma a fisioterapeuta Rita Bersch, diretora do Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil, em Porto Alegre, onde as crianças que aparecem nesta reportagem são atendidas. Já as baixas tecnologias são adaptações simples, feitas em materiais como tesoura, lápis ou colher.

Com o mesmo intuito de promover a inclusão, há brinquedos que divertem crianças com e sem deficiência. Os mostrados aqui foram feitos por alunos de Arquitetura da Universidade Federal de Santa Catarina. Já os livros táteis são do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual, de Florianópolis. O educador da classe regular pode procurar esses materiais na sala de atendimento educacional especializado (a sala de apoio). "Nela, o professor especializado oferece recursos e serviços que promovem o acesso do aluno ao conhecimento escolar. Por isso, o diálogo entre os dois profissionais é fundamental", afirma Rosângela Machado, coordenadora de Educação Especial do município de Florianópolis. Confira alguns materiais que podem favorecer a aprendizagem da sua turma.






TECLADO VERSÁTIL

Matheus Levien Leal, 10 anos, está na 4a série e tem paralisia cerebral e baixa visão. Ele usa um teclado com várias lâminas, trocadas de acordo com a atividade. A de escrita, por exemplo, tem cores contrastantes e letras grandes. O equipamento é programado para ajustar o intervalo entre os toques, evitando erros causados por movimentos involuntários.



DIGITAÇÃO SEM ERROS


O suporte, colocado sobre o teclado, chama-se colméia. Ele impede que o estudante com dificuldade motora pressione a tecla errada. 







NUM PISCAR DE OLHOS

O acionador faz a função do clique do mouse e pode ser ativado ao bater ou fechar a mão, puxar um cordão, piscar, soprar, sugar... O aparato pode ser colocado em qualquer parte do corpo do aluno. Com ele, é possível acessar livros virtuais, brincar com jogos e até digitar, usando um teclado virtual.






JOGOS COLORIDOS

João Vicente Fiorentini, 10 anos, tem deficiência física e está na2a série. Por causa da dificuldade de segurar o lápis, ele usa materiais adaptados e aprende a escrever com jogos feitos de tampinhas e cartões plastificados. O material permite a João ainda relacionar cores e quantidades.

Matéria publicada na revista Nova Escola em Outubro de 2006. Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/aprendizado-mais-facil-424764.shtml

Com doença degenerativa, aluno cria teclado virtual e conclui mestrado
Claudio Luciano Dusik apresentou dissertação na terça (26) na UFRGS.

No trabalho, apresentou o Mousekey, programa que o auxilia a escrever.



Orgulhosa, a mãe de Claudio sempre garantiu educação e saúde ao filho (Foto: Luiza Carneiro/ G1)
Superação é rotina na vida de Claudio Luciano Dusik, 36 anos. Nascido em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi diagnosticado ainda quando criança com uma doença degenerativa. Passo a passo, venceu obstáculos até concluir com nota máxima, nesta terça-feira (26), o mestrado em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em sua dissertação, mostrou como estudou e desenvolveu ao longo da graduação um teclado virtual, o Mousekey, que auxilia pessoas com limitação a escrever e se comunicar.
Claudio tem atrofia muscular espinhal (AME), doença que deforma o corpo e limita os movimentos. As impossibilidades causadas pelo transtorno, no entanto, nunca foram barreira para ele desistir. Desde cedo, a mãe Elisa Arnoldo acreditou na capacidade do filho de vencer os obstáculos e, praticamente, implorou para que escolas o aceitassem. “Com apenas cinco anos entrei em uma classe de primeira série e consegui me alfabetizar”, contou Claudio durante a banca, sentado em uma cadeira de rodas adaptada.

Teclado usa movimentos do mouse para formar
sílabas e palavras (Foto: Thiago Cruz/UFRGS)
Sem acessibilidade, ele passava os intervalos sozinho na sala de aula, pois estudava no primeiro andar e não conseguia descer as escadas para se juntar aos colegas. Ele lembra que só começou a ser aceito e a socializar com os estudantes na 3ª série. “Um professor criou um projeto chamado ‘ajudante do dia’. Foi ali que comecei a ter contato com as outras crianças. Eles me levavam para o pátio e adaptavam as brincadeiras para mim”, lembra, com naturalidade. Na amarelinha, Claudio ajudava a atirar as pedras. Já na corda, os amigos empurravam a cadeira de rodas, assim como no pega-pega. “O pega-pega era a minha brincadeira preferida. Eles me empurravam e muitas vezes caía. Não sabia se chorava pelos machucados ou de felicidade”, disse, arrancando risos de mais de 50 pessoas, entre conhecidos e desconhecidos, que assistiam a sua defesa.
Desenganado desde bebê, a previsão era de 14 anos de vida. As impossibilidades aos poucos foram se transformando em possibilidades para Claudio. Com o avanço da doença durante a graduação de psicologia e a perda do movimento das mãos, sentiu a necessidade de desenvolver algo onde pudesse continuar a escrever textos. Foi dali que surgiu a ideia do Mousekey. “Nos intervalos das aulas, ia para a biblioteca estudar informática”, relembrou. Com apoio da família, desenvolveu o teclado, que funciona principalmente pelo movimento do mouse e cliques, detalha o alfabeto, sílabas, pronomes e sílabas acentuadas.

Após defender dissertação, Claudio é aplaudido de pé (Foto: Luiza Carneiro/G1)
Já no mestrado de educação, teve a oportunidade de estudar outros recursos e conhecer pessoas que, assim como ele, também enfrentavam dificuldades no aprendizado. Em um grupo de pesquisa com cinco deficientes físicos garantiu o entendimento dos recursos necessários para a melhoria do aplicativo. “A escrita vai além do contexto escolar. Ela entra no contexto social da pessoa. Estes sujeitos querem também participar da vida em comunidade e terem produtividade”, explicou. “Foi emocionante conhecer estas pessoas. E não somente vi que estava ajudando, mas também percebi que, por muito pouco, não estava ali trancado também. Tenho um orgulho enorme”, emocionou-se.

Dusik tem doença generativa
(Foto: Thiago Cruz/UFRGS)
Atualmente, atua como funcionário da Secretaria de Educação e, agora mestre da área, quer continuar na carreira de professor. Na UFRGS, auxilia alunos no curso de Educação à Distância e divide a rotina entre o trabalho e os estudos. Nos próximos meses irá apresentar a dissertação em um congresso de acessibilidade no México, ao lado da orientadora, a doutora em educação Lucila Maria Costi.
A mãe Elisa é só elogios. “Tenho seis filhos. Uma delas morreu no ano passado e a outra tem a mesma doença que o Claudio. Estou muito orgulhosa e sempre busquei todos os recursos para eles, seja na saúde ou na educação”, disse ao G1.
Em Esteio, um grupo de amigos se reuniu para assistir ao vivo, em um telão, a banca de Claudio. Para o futuro, planeja patentear o produto e especializar-se ainda mais em um doutorado. “Quero escrever p-o-s-s-í-v-e-l nas histórias de prováveis impossíveis”, finalizou a apresentação garantindo aplausos, em pé, dos admiradores.
ópicos
PORTAL G1

Portadora de Down torna-se vereadora na Espanha
Uma cidade na Espanha elegeu, pela primeira vez, uma vereadora com síndrome de Down. Ángela Bachiller, 29 anos, tomou posse na Câmara Municipal de Valladolid.







Software auxilia alfabetização de crianças com deficiência intelectual


O software Participar, que auxilia na alfabetização de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, está disponível nas 650 escolas públicas do Distrito Federal e em todos os Estados do País. A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores da UnB (Universidade de Brasília) e tem sido aprovada pelos professores que utilizam o sistema.
Desde o início do ano, o programa tem sido utilizado na sala de recursos do Centro de Ensino 35 da Ceilândia.  A escola atende 18 estudantes com deficiência intelectual, com idade entre 8 e 15 anos. "O software abrange todos os níveis de escrita e todas as dificuldades", informa a professora Silvana. A iniciativa que deu certo no Brasil agora será exportada para outro continente. "A Divisão Educacional do Ministério das Relações Exteriores está intermediando as negociações pra que o software seja implantado em escolas de países africanos de língua portuguesa", conta Wilson Veneziano, coordenador do projeto.

O programa

O Participar é um software multimídia criado para colaborar no desempenho de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual em fase de alfabetização. O programa apresenta as letras do alfabeto, o som de cada uma delas e exemplos de objetos em que são utilizadas, além de 600 vídeos produzidos pela UnBTV. Também é possível acessar uma série de exercícios, que são apresentados por dois jovens com Síndrome de Down, e ainda um bate-papo simulado.
O projeto teve início com o trabalho de conclusão de curso de Tiago Galvão e Renato Domingues, alunos da Ciência da Computação da UnB, sob a supervisão do professor Wilson Veneziano. O programa fez tanto sucesso que já há previsão de nova versão. "No segundo semestre, lançaremos a versão ampliada do Participar com novas funcionalidades e lições com base em sugestões dos professores usuários", conta Wilson Veneziano.
A equipe continua trabalhando para o desenvolvimento de softwares educacionais. Entre os novos programas estão um direcionado a educandos autistas e outro que atua no ramo da matemática social, "com contribuições para a utilização de dinheiro, leitor de relógio e identificação do número da linha do ônibus", exemplifica Veneziano.
Para o desenvolvimento dos projetos, a equipe conta com o auxílio da orientadora educacional Maraísa Borges. Ela é especializada em alfabetização de deficientes intelectuais e trabalha na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.
Interessados em adquirir o software Participar devem enviar pedido para o e-mailprojetoparticipar@gmail.com.
Matéria publicada no site: UOL EDUCAÇÃO em 17/07/2013







Professor cria “mouse” para aluna com paralisia cerebral


A iniciativa do professor de informática, Jair de Oliveira Júnior promoveu a inclusão da aluna Michele Aparecida Peixoto nas aulas do 3º ano do Curso Técnico em Informática, do Colégio Estadual São Vicente de Paula, em Nova Esperança. Júnior criou um dispositivo que substitui o mouse para Michele, que tem paralisia cerebral.


Ao perceber a dificuldade da aluna, o professor pesquisou dispositivos na internet, mas que eram caros demais. “Pensei em fazer algo semelhante de baixo custo e compatível com a estrutura dos laboratórios do colégio”, explicou o professor.



Na construção do mouse foram usados pedais de máquina de costura, caixa de madeira, peças de impressoras, rolamentos de bicicleta, mouses antigos, pedaço de borracha para descanso da mão e fios usados de fontes de alimentação de computadores. Depois de 15 horas de trabalho e dedicação, o dispositivo ficou pronto.



O novo acessório foi uma surpresa para a aluna. “Tenho dificuldades para usar o mouse e perdia muito tempo nas aulas. Agora ficou mais rápido, e consigo fazer mais rápido as atividades”, comentou Michele.



“Com essa peça ela conseguiu melhorar sua integração com a sociedade e com o mundo digital”, disse o professor que ainda pretende construir um teclado adaptável.



TECNOLOGIA ASSISTIVA – Tecnologia Assistiva são recursos e serviços destinados às pessoas com deficiência para melhorar sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. Na educação, ela serve para apoiar, complementar e suplementar a interação de alunos com deficiência.



O seu uso nas escolas promove a acessibilidade e a participação do aluno no processo de ensino e aprendizagem no sentido de construir e ampliar a via de expressão e compreensão da pessoa com deficiência.



A Secretaria de Estado da educação oferece recursos humanos e tecnológicos como o professor de apoio à comunicação alternativa e equipamentos acessíveis como o teclado e mouse adaptados bem como softwares.



Caso algum aluno precise, a equipe pedagógica das escolas devem identificar a necessidade dele e o diretor da escola encaminhar ofício solicitando o serviço ou apoio (recursos humanos e/ou tecnologia assistiva) para a Secretaria.



Das 1.617 salas de recursos mantidas pela Secretaria, cerca de 30% já receberam recursos como computadores com itens de acessibilidade. Existe também convênio com o Programa Escola Acessível do Governo Federal que encaminha recursos diretamente à Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) das escolas para a aquisição da tecnologia. 


Esta notícia foi publicada em 05/07/2013 no site www.educacao.pr.gov.br. Todas das informações são de responsabilidade do autor.





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